Como Remover Durepox Depois De Seco
Fazer a colagem e a união de duas ou mais peças pode ser algo bastante importante na confecção de artesanatos para a decoração, ou outros artigos, porém, ainda que isso pareça bastante simples, muitas vezes se torna necessário utilizar pelo menos alguma cola específica, que funcione bem com o material que está sendo utilizado, evitando assim prejuízos e surpresas desagradáveis.
O uso de adesivos faz com que a união permanente de objetos se de de forma bem mais prática e também de um jeito com uma estética mais agradável, já que grampear ou costurar esses itens pode ficar feio, ou até mesmo simplesmente não ser possível.
Em meados dos anos 4000 a.C. já se conheciam vários tipos de colas, onde a maioria eram derivados da própria natureza, como seiva de plantas, ou ainda o piche. A cera de abelha também era um item bastante utilizado, além da proteína do leite, que era utilizada principalmente em trabalhos mais delicados. Essas eram as opções mais viáveis e possíveis durante bastante tempo.
Na Primeira Guerra Mundial começaram a acontecer uma grande evolução e melhoria nessa área, já que para a confecção e reparo de utensílios militares as colas eram muito utilizadas, e assim, os laboratórios visavam trabalhar para contribuir nesse aspecto. A partir daí começaram a surgir os adesivos sintéticos que serviram de inspiração para o que conhecemos hoje em dia.
Tipos De Cola / Adesivos
– Acetato de Polivinila:
Esse é um dos adesivos mais comuns e mais utilizados nos dias de hoje, que também é conhecido como PVA. Ainda que o nome completo seja um pouco complicado, essa é a cola que todas as pessoas conhecem e usam. Essa cola é constituída de uma emulsão com água, e a união entre as peças só é feita efetivamente após a água dessa emulsão evaporar, e assim, a cola estará seca totalmente.
Esse tipo de cola é mais indicado para ser utilizada em materiais porosos, como madeira, papel, e até mesmo alguns tipos de tecidos. Seu risco de toxidade é bem baixo, e não há nenhum segredo em seu uso. Quando é aplicada de maneira correta, essa cola pode criar uma boa resistência, oferecendo assim, um ótimo custo benefício. A principal desvantagem dessa cola é que ela é solúvel em água, não podendo ser utilizada em locais molhados, nem em áreas externas.
– Termoplásticas:
É nessa categoria que está inserida a cola quente, pois o tubo que se encaixa na pistola é um termoplástico, que tem como maior característica a mudança de fases e depois o retorno em sua fase anterior sem danificações sérias. A aplicação é feita através de uma pistola que conta com uma resistência elétrica que esquenta e faz com que a cola derreta, ficando propícia para ser aplicada e aderida na superfície desejada.
Após voltar à temperatura ambiente, a cola fica solida novamente, oferecendo assim, a união entre as partes. Ela pode ser utilizada com uma gama bem grande de materiais, mas a desvantagem é que ela não se fixa muito bem em superfícies demasiadamente lisas, e também não tem um desempenho tão bom no calor.
– Cianoacrilato:
Essa é uma cola muito potente, que pode ser utilizada até mesmo no aeromodelismo, no conserto de itens de casa e na prototipagem de eletro eletrônicos, mas não é aconselhável para o uso em superfícies flexíveis, já que quando dobrada, ela se quebra. Seu manuseio deve ser feito com muito cuidado, já que por ser altamente química, ela conta com um cheiro bem forte e sua reação pode até mesmo causar queimaduras na pele.
– Epóxi:
Essa é a cola que é o foco desse artigo e que também pode ser conhecida como termofixa, pois não amolece com o calor. O processo desse tipo de cola conta com a presença de um agente catalisador, que muitas vezes são compostas por duas partes, classificadas como biocomponentes.
As colas do tipo epóxi não muito resistentes depois de seca, resistindo à água e até mesmo a ácidos, e é por isso que elas conseguem unir os mais diversos tipos de materiais. O que pode ser um problema é que sua aplicação demanda de um pouco de habilidade, já que é relativamente trabalhosa, pois é um material bastante viscoso.
É de extrema importância que se leia todas as instruções que estão presentes na embalagem desse adesivo, e a aplicação deve ser feita em um local bastante ventilado, pois de maneira geral essas colas possuem um cheiro forte, além de que a possibilidade de sujeira é grande. Assim, o preparo da mistura da cola deve ser preciso, utilizando a quantidade exata de catalisador naquele preparo. Após isso, a cola deve ser utilizada com rapidez e também deve ser aguardado aproximadamente um dia, para que a secagem aconteça totalmente. Os materiais mais indicados para a utilização de colas epóxi são os metais, os azulejos, o concreto e as pedras.
Remover a Cola Epóxi Já Seca
Como já foi dito, o durepox é um adesivo permanente, e assim, removê-lo pode ser uma tarefa bem difícil. Existem ainda algumas possibilidades para esse feito, e elas serão apresentadas abaixo, lembrando que para fazê-las é necessário paciência e tomar as devidas precauções.
– Remover com Calor:
Essa alternativa torna necessário o uso de luvas e de óculos de proteção, pois o aquecimento do durepox pode acabar produzindo vapores que são prejudiciais aos olhos. Também é necessário utilizar roupas que cubram toda a pele, fazendo uma barreira para evitar o contato.
Após isso, deve se passar acetona na superfície onde se deseja remover o durepox e deixar agir por aproximadamente uma hora, e assim a cola irá amolecendo. Depois de esperar esse tempo, deve se apontar uma pistola fonte de calor para o durepox – o mais utilizado são os secadores e cabelo – visando fazer com que a temperatura do durepox seja maior que duzentos graus, que é o ponto de amolecimento. Caso a área que se deseja remover seja grande, deve ir fazendo aos poucos esse processo, para que seja mais eficiente. Por fim, a cola que foi aquecida e amolecida pode ser retirada com o auxilio de uma lâmina, espátula, ou algum instrumento do tipo.
– Remover Congelando:
Nessa alternativa se torna necessário a uso dos mesmos equipamentos de proteção que já foram citados acima, mas dessa vez porque de modo geral os fluidos refrigerantes – que podem ser encontrados em lojas de ferragens – são produtos químicos bem perigosos. É fundamental que o processo seja feito em locais arejados, para que aconteça a circulação dos vapores.
A lata do spray refrigerante deve ser mantida a uma distância de aproximadamente trinta centímetros da cola que se deve remover, assim a temperatura irá cair rapidamente e a cola se congelará e ficará quebradiça, tornando possível a remoção com martelos ou espátulas. No final é necessário que se faça uma boa limpeza da superfície, removendo assim os microcristais que podem restar e que são cortantes, na maioria das vezes.