A novidade que pode facilitar a vida de muitos arquitetos
Na cidade de Sevilha, localizada na Espanha, um conjunto arquitetônico está sendo preparado para ser o novo destaque cultural e nova atração turística da região. Se trata da obra “Parassóis Metropolitanos”, que ainda está em fase de construção e será a primeira obra de construção civil no mundo a utilizar a nova técnica de colar estruturas arquitetônicas utilizando cola.
Mesmo sendo um trabalho recente e planejado para ser uma peça de arte em meio à cidade, os Parassóis estavam ameaçados – era possível que a obra não fosse terminada, mesmo depois que o trabalho foi iniciado.
Para evitar que isso acontecesse uma nova técnica foi desenvolvida, a cola arquitetônica.
Como funciona essa cola
Existem técnicas de fixação mecânica que já foram utilizadas com sucesso em outras obras. No entanto, essa saída foi descartada pelos engenheiros e arquitetos que trabalham no projeto, pois a estrutura da obra não poderia ser sustentada assim.
A solução encontrada foi colar as vigas da obra nos elementos que irão sustentar o prédio, dispensando completamente o uso de qualquer ferramenta como parafuso ou pregos.
O problema encontrado pelos engenheiros foi a composição da cola, que não suportava as altas temperaturas do verão de Sevilha. Durante os testes efetuados antes de usar tais colas foi verificado que elas perdiam o poder de colagem durante os dias quentes – a cola simplesmente virava um líquido que comprometia a obra e a segurança.
Os adesivos e colas testados conseguiam resistir bem à temperaturas de cerca de 60 graus, temperatura facilmente atingida em partes submetidas a calor intenso, como o sótão ou o telhado de uma casa.
Para tentar recuperar o projeto arquitetônico os espanhóis chamaram o Instituto Fraunhofer da Alemanha. O instituto fez simulações para verificar se as colas atuais podiam suportar o peso, condições e temperatura atingidas na construção.
O resultado da simulação deixou claro que a construção facilmente atingiria as temperaturas limite – aquelas nas quais a cola se desfez e deixou a obra instável e sem nenhuma segurança.
A opção oferecida ao governo de Sevilha não era nada agradável: ou a obra era paralisada ou as autoridades deveriam investir na elaboração de uma nova cola que fosse mais resistente e portanto mais segura.
Composição do adesivo
Para melhorar o poder adesivo da cola a solução encontrada foi utilizar têmpera, um processo bastante usado na confecção de vidros.
Essa técnica da têmpera consiste em reaquecer os elementos colados, para que ocorra uma reação química entre os componentes colados e o adesivo, que façam com que a ligação se torne mais forte.
O resultado é que o adesivo se torna muito mais eficiente e portanto atende às diretrizes de segurança para poder continuar a obra.
Neto