Os números referentes ao Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) vêm sendo contestados em vista dos financiamentos de imóveis usados. Na verdade quando o governo considera o total de programas realizados e tidos como completados pelo PAC, uma parcela correspondente a 12% destes investimentos vai para financiamentos de imóveis usados e portando não deveria entrar nos cálculos feitos para medir o crescimento da economia. No final de três anos esse resultado alterou os resultados do PAC em nada menos do que R$ 47 bilhões de reais.
A Crítica
Num relatório de contas apresentado pelo governo e que foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por unanimidade, apareceu em forma de alerta uma critica ao fato desses valores estarem sendo computados na medição do crescimento da economia quando na realidade quando se compra um imóvel usado este apenas troca de dono não há crescimento algum e, portanto não há também o impacto que vem sendo computado sobre a economia. Na verdade a venda de imóveis usados mascara o resultado do PAC não havendo qualquer tipo de impacto nas contas que são feitas para medir o desenvolvimento. Esses valores servem isto sim para inflarem os resultados, mostrando um crescimento que está fora da realidade uma vez que mostra investimentos como executados pelo governo quando nada foi feito com alguns desses valores que são aí computados.
A quem Cabe os Cálculos
O cálculo das taxas reais de crescimento da economia brasileira cabe ao Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) e ao ser ouvido, Roberto Olinto que é o coordenador das contas nacionais nada mais fez do que confirmar a avaliação que já havia sido feita pelo Tribunal de Contas da União e as palavras são as mesmas e confirmam que o impacto no crescimento na verdade na existe, é apenas utopia. De acordo com Olinto quando se constrói um imóvel novo, aí sim acontece um impacto em termos de crescimento, mas quando o que acontece é uma compra de imóvel usado, esse impacto deixa de existir, pois o que acontece é simplesmente uma troca.
Efeitos Indiretos
Quando o vendedor gasta o dinheiro da venda de um imóvel usado em outros bens poderia até haver algum tipo de alegação de efeitos indiretos na economia, porém estes são desdobramentos muito complicados para serem medidos devidamente.
Melhora do Ambiente Econômico
Segundo a secretária de Habitação do Ministério das Cidades esses financiamentos fazem parte da contabilidade pela importância que tem na melhora do ambiente econômico. A verdade é que se o imóvel usado não agrega, por outro lado é de grande importância na medida em que todo o financiamento ajuda a mover a economia e esse movimento em última análise pode ajudar no crescimento.