Os apartamentos mais modernos são com certeza bem menores do que há 20 ou 30 anos. A necessidade de espaços menores veio com o boom do comercio imobiliário que buscava ofertas boas e sem custo elevado. Claro que você ainda vai encontrar diversos apartamentos em tamanhos maiores e que podem ser comparados à verdadeiras mansões. A medida que os apartamentos foram reduzindo de tamanho, diversas subcategorias desse tipo de imóvel também foi aparecendo.
Dentre essas categorias alternativas, vamos encontrar os microapartamentos, que são imóveis bem funcionais e cada vez mais comuns nas grandes e pequenas cidades. Então para entender mais sobre eles, mais abaixo você vai conhecer tudo sobre os microapartamentos e saber as suas principais características.
Conceito
Quando escutamos falar em microapartamentos, logo remetendo à um apartamento pequeno no estilo “Quitinetes” e feito para solteiros. De fato estes ambientes são bem pequenos, mas o conceito deles difere um pouco do conceito das/dos Quitinetes, que também são um tipo de microapartamento.
O que atualmente chamamos de microapartamentos são ambientes com até 35 metros quadrados, que podem ser no estilo loft, onde todo o imóvel é distribuído em um único cômodo ou podem também possuir até dois quartos, claro que em tamanho reduzidos. Hoje já existem microapartamentos que custam mais do que apartamentos convencionais.
Microapartamentos e Quitinetes – Diferenças
Como citamos mais acima, existe uma semelhança muito grande entre os microapartamentos e as quitinetes. A palavra Quitinete vem do inglês “kitchenette” e significa cozinha pequena. Essa palavra passou a ser adotada posteriormente para apartamentos pequenos com apenas sala, quarto, cozinha e banheiro. Hoje já existem quitinetes com mais de um vão, mas no geral elas são apenas um único cômodo que serve de espaço para todos estes ambientes.
Microapartamentos no Brasil
Claro que esta ideia não iria demorar a chegar no Brasil, já que a nossa arquitetura cresce e se moderniza a cada dia. Os primeiros microapartamentos chegarão ao Brasil através da empresa de Graham Hill, um designer muito conhecido no Canadá. A empresa Life Edited ficou responsável por desenvolver, juntamente com arquitetos brasileiros, um condomínio completo de microapartamentos na cidade de São Paulo.
Graham Hill já possui projetos reconhecidos de microapartamentos em grandes cidades ao redor do mundo, como Las Vegas, São Francisco e Nova York. Aqui no Brasil, o projeto será auxiliado pela construtora Vitacon, já especializada em construções na capital paulistana e que também já assinou diversos projetos de espaços internos. O que o jovem designer canadense busca com a sua construção aqui no Brasil, são microapartamentos otimizados e com o máximo de funcionalidade para jovens ou pequenas famílias.
O projeto se chamará VN Quatá, recebendo este nome devido a rua onde será construído, a Rua Quatá no bairro Vila Olímpia, na zona sul da cidade. O edifício contará com 18 andares que comportarão microapartamentos com 23 metros quadrados e todos com móveis embutidos. Este é um padrão de Graham Hill, desde o seu primeiro empreendimento e da sua empresa, que começou com o apartamento do próprio fundador.
De acordo com a Vitacon e a Life Edited, a obra tem data prevista para ser concluída até o 1 º trimestre de 2016. Ainda este ano, a planta dos apartamentos, assim como uma réplica mobiliada seja exposta e os imóveis colocados à venda. O valor de mercado do microapartamento também não foi divulgado, mas o estimado é de 350 mil reais por apartamento, já que o empreendimento precisa seguir os padrões da região onde será construído e também o de outros imóveis à venda da Vitacon.
Microapartamentos Pelo Mundo
Até 2012 estes projetos existiam pelo mundo, mas não tinham tanta visibilidade. Em 2012, mais precisamente no mês de julho, Michael Bloomberg, prefeito da cidade de Nova Iorque realizou um grande projeto convidando algumas das principais construtoras locais para apresentarem propostas sobre um edifício que seria construído na cidade com pequenos apartamentos que deveriam ter entre 22,5 e 31,5 metros quadrados.
O prédio estaria localizado em Kips Bay, um bairro de Manhattan e foi projetado para um concurso chamado “adAPT NYC”. De acordo com as propostas apresentadas, todos os apartamentos seriam construídos dentro da ideia de microapartamentos e com custos mais econômicos, deixando uma boa parte da população à nível de possuir um destes imóveis.
Antes disso, em 2009, foi lançado outro concurso pelo site TreeHugger, da empresa de Graham Hill, que citamos mais acima sobre o empreendimento aqui no Brasil, onde a empresa buscava um designer para transformar um microapartamento na cidade de Manhattan, em um espaço funcional e com amplitude, para entretenimento. Todo o projeto teria que ser construído em cima de uma ideia mais ambientalmente responsável. A partir desse concurso online, diversos itens funcionais, como mesas dobráveis, passaram a ser adotadas em projetos posteriores da empresa de Graham Hill.
O projeto de Michael Bloomberg foi vencido pela empresa nARCHITECTS onde a equipe foi liderada pelo casal Mimi Hoang e Eric Bunge que já viviam em um microapartamento na cidade de Nova Iorque, o que facilitou o desenvolvimento da ideia. De acordo com o projeto apresentado pelo casal, os microapartamentos deveriam focar na ideia de serem direcionados á jovens que estão começando sua carreira na cidade e buscam algo mais intimista e de custo mediano. Da mesma forma, idosos, que buscam um local mais central, sem a necessidade de ter um trabalho maior para manter um lar tanto em custos financeiros como também no trabalho diário de arrumação.
Saindo dos Estados Unidos, em Tóquio, no Japão, também tem um prédio de microapartaentos sendo construído com apenas 10 metros quadrados o ambiente. A Share Yaraicho, das empresas Spatial Design Studio e A-studioAzby, é na verdade uma grande casa com sete quartos e alguns espaços comunitários bem generosos. Nestes ambientes incluem-se a cozinha e uma oficina para construção de móveis.
Em Londres, a empresa Pocket Living, que também ficou como uma das finalistas do concurso feito em Nova Iorque em 2012, já assinou cinco edifícios todos com microapartamentos de 36 metros quadrados, vendidos por cerca de US$ 348 mil, equivalente a quase R$ 700 mil, um pouco acima dos valores que estão sendo cobrados aqui no Brasil.