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Reformar o Imóvel Antigo ou Construir Outro no Lugar?

Uma dúvida que sempre surge quando herdamos um imóvel antigo ou mesmo quando este já nos pertence é se o melhor investimento a fazer é reformá-lo ou construir outro no lugar. Algumas questões estão envolvidas nessa decisão, pois, além do que pode ser mais viável financeiramente, pode, muitas vezes, envolver questões sentimentais e de apego, principalmente se o imóvel em questão foi herdado de um ente querido. Muitas lembranças do passado estão permeadas nessa decisão e é necessário avaliar o que mais lhe convém, também, financeiramente falando, mas o mais importante, estruturalmente falando.

Mas com o passar do tempo, a reforma de um imóvel antigo é inevitável. Dependendo da idade do imóvel é necessário reforçar a estrutura, pintar as paredes e checar rede hidráulica e elétrica, para garantir um ambiente agradável e seguro. Mas quando vale realmente a pena reformar um imóvel antigo? E quando compensa derrubá-lo e construir outro no lugar?

Elaboramos algumas dicas e opiniões de especialistas que podem ajudá-lo a tomar a decisão mais assertiva.

Verifique os fatores relacionados:

  • Idade do Imóvel

A idade não é o principal fator que determina se o imóvel é antigo ou não. O imóvel pode ser considerado antigo quando as características de desempenho não estão mais atendendo aos seus usuários.

As manutenções periódicas são fundamentais para manter o imóvel em condições adequadas de uso e evitar a necessidade de grandes intervenções no futuro. De acordo com o engenheiro civil José Ricardo Pinto, diretor cultural do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), mesmo com 30 anos de idade ou mais, um imóvel que tenha recebido as manutenções, como pintura da fachada a cada três anos e revisão do rejunte de azulejos, não vai deixar de atender as necessidades dos moradores.

A cada 25 ou 30 anos, no entanto, duas intervenções consideradas de grande porte precisam ser feitas: a substituição das instalações elétrica e hidráulica. Nas construções que hoje têm esta idade, por exemplo, os canos de água são de ferro galvanizado, que era a tecnologia da época e tinha vida útil de 15 anos. Atualmente, o material usado é o PVC.

Num imóvel de trinta anos a primeira necessidade de reforma que se manifesta é da tubulação elétrica. Há 30 anos não havia televisão a cabo e internet e consequentemente a fiação não está preparada para receber essas instalações. Outra atualização frequente citada pelo diretor do Ibape-SP é a troca de azulejos, que, quando removidos, acabam revelando a necessidade de mexer na tubulação hidráulica, o que pode aumentar o custo e tempo inicial da reforma. 

  • Planejamento Financeiro

No caso da reforma de um imóvel antigo, o segredo para não ter surpresas desagradáveis, tanto no novo visual da casa como no bolso, é planejar a reforma da casa o mais detalhadamente possível. É necessário definir com antecedência o máximo que pode ser gasto na obra e se manter fiel ao orçamento durante toda reforma. Para isso, vale elaborar uma planilha, que deve ser preenchida e acompanhada atentamente até que a reforma acabe. Se extrapolar o gasto previsto em um item compense gastando menos no outro.

Uma reforma exige um projeto bem mais específico do que a construção de um imóvel novo para que se consiga manter o orçamento. Sempre achamos que uma reforma é mais simples do que na verdade realmente ela é o que acarreta em equívocos por parte de quem pretende reformar. Entretanto, a reforma apresenta como vantagem a possibilidade de se conservar as principais características e a originalidade da construção. 

  • Parte Estrutural

Em relação à parte estrutural, não existe muita diferença entre o que era feito há 30 anos e hoje, a não ser no que se refere a esquadrias, que atualmente possuem isolamento acústico. Mas, se junto à reforma das tubulações os moradores tiverem a pretensão de remodelar ambientes, pode ser a hora de partir para uma nova construção.

Se as intervenções da reforma se restringirem a trocar azulejos e a refazer a pintura, não são grandes alterações. Agora, derrubar paredes e trocar telhados é um interferência pesada. Há casos em que poderá valer a pena demolir o imóvel e construir outro no local, principalmente quando as reformas exigirem muitas alterações da planta original, requerendo grandes mudanças na fundação, na estrutura e na alvenaria.

Quando o imóvel antigo for descaracterizado, é preciso levar em conta o custo da reforma, que pode superar os gastos com uma nova construção. A melhor maneira de avaliar é fazer um orçamento da reforma o mais detalhado possível e compará-lo com o preço de construção de uma casa nova.

Com essas informações, o proprietário poderá fazer uma análise segura e optar pela solução que melhor lhe couber”, recomenda Jorge Batlouni.

  • Os Prós e os Contras

Os principais problemas encontrados na reforma de um imóvel antigo são infiltrações, calhas, rachaduras, pintura e rede elétrica. A pintura esta entre os itens mais caros e mais necessários em uma reforma, pois é ela que irá dar uma cara nova ao imóvel. Aplicações de gesso e grafiato valorizam o imóvel, além de garantir uma boa estética. Vale ressaltar que profissionais de pintura costumam ser raros no mercado. Mesmo que pequena, a reforma deve ser feita por etapas. O ideal é avaliar se vale a pena ou não reformar, comparando o valor do imóvel, quanto vai ser gasto e quanto ele vai se valorizar após a obra.

  • Ajuda Profissional

Para esta avaliação, assim como para acompanhar a obra da reforma, é preciso contar com o amparo de profissionais de engenharia. Uma casa antiga vai sofrer com a reforma, por isso é necessário acompanhamento por parte de um engenheiro, que também vai poder avaliar o projeto da reforma e indicar se é melhor deixá-lo de lado, explica José Ricardo Pinto. Ele cita que pode ser apropriada a busca por um calculista, que é o engenheiro especializado em fazer projetos estruturais. 

  • Compra de Materiais

Também é necessário ter cuidado na hora de comprar os materiais que são o principal gasto para construção de um imóvel. Antes da compra de materiais, é importante realizar uma boa pesquisa em pelo menos quatro locais diferentes. É necessário avaliar se o frete está incluso no preço cotado; o preço e qualidade do material (um produto barato pode ter baixa qualidade); além da importância de se conferir com calma todo o material no momento da entrega.

O essencial na hora de decidir entre reformar um imóvel antigo ou construir um novo é definir qual o seu objetivo com a reforma e construção. Se for um imóvel residencial, que o proprietário não tenha intenção de usá-lo como investimento, mas sim como uma residência confortável, em que ele pretenda passar um bom tempo de sua vida, talvez valha à pena avaliar a possibilidade de se gastar um pouquinho mais numa reforma. Tudo vai depender do que você pretende construindo ou reformando um imóvel!

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Categoria(s) do artigo:
Imóveis

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