Além de delicioso, sendo ingrediente principal em diversos pratos típicos da cozinha brasileira, como bobó de camarão, acarajé, camarão na moranga, o camarão também é a principal fonte de renda de milhares de famílias da região Nordeste do país, tanto na maneira extrativista, pescado diretamente do oceano, como também criado em cativeiro, o que ajudou no desenvolvimento econômico desses locais.
A criação em cativeiro do crustáceo costuma ser chamada de “fazendas de camarão”, sendo a atividade econômica principal dos estados nordestinos do Ceará e Rio Grande do Norte. No caso do Ceará, é na região da bacia do rio Acaraú onde estão concentradas as principais fazendas de camarão do estado, local onde também é o principal polo produtor de lagosta no estado.
Ao contrário da pesca extrativista, que contava com um sistema rudimentar na extração do crustáceo, as fazendas de camarão contam com sofisticados meios de criação dos animais, como laboratórios de produção de larvas, e unidades de beneficiamento, que nessa região cearense, que conta com 33 fazendas de camarão, consegue obter uma produção anual de mais de sete toneladas do crustáceo. Dessa forma, a criação em cativeiro ajuda a preservar os camarões na natureza, que são importantes itens da cadeia alimentar de diversas espécies aquáticas.