Conforme o tempo vai passando, é bastante comum que a pintura e o acabamento da lataria de um carro vá ficando mais áspera ao toque, mesmo depois de já se ter aplicado a cera. Isso acontece principalmente pelo fato de que existem pequenas partículas contaminantes que acabam se aderindo ao carro de uma forma bem forte, que apenas a lavagem não seja mais suficiente para retirá-las.
Contaminantes
Para que se possa realmente analisar a melhor e mais eficaz forma de cuidar da pintura de um automóvel, é necessário, primeiramente, que se conheça os principais problemas, que são os contaminantes, e suas devidas classificações.
Como já foi citado acima, a aspereza que fica perceptível na lataria de um veículo, acontece devido ao acumulo de contaminantes na superfície da mesma. Para que seja possível distinguir esses contaminantes de uma simples e comum sujeira, é importante que se lave o carro com bastante cuidado e capricho, e enxaguá-lo com abundância. Assim, com o carro ainda molhado, deve-se passar a mão sobre sua superfície. Caso a pintura não esteja contaminada, a sensação nesse momento será de uma superfície escorregadia e completamente lisa. Já no caso de existirem alguns pontos ásperos, ou até mesmo uma área que provoque a sensação de uma lixa, é um sinal evidente de que de fato a pintura esta afetada mais seriamente, ou seja, está contaminada.
Em algumas situações, é possível enxergar a contaminação a olho nu, desde que se observe com bastante atenção; Normalmente, essa contaminação visível é causada por respingos de pulverização de pinturas de outros itens, pontos de piche de asfalto, partículas orgânicas, como o néctar, ou até mesmo alguns insetos que acabaram por colidir com a lataria.
O piche é uma causa de contaminação bastante comum, já que ele é adquirido facilmente no dia a dia no trânsito, principalmente em vias novas ou recém reformadas. O néctar também é facilmente adquirido, principalmente no verão, que é a época que ele cai das árvores com maior intensidade, devido a atividade dos insetos. Essa substância natural possui uma carga elevada de açúcar, que não é nem digerida pelos animais, por isso, eles se tornam muito difíceis de serem removidos da lataria. Já os insetos são muito comuns, principalmente em carros nos quais os donos tem o costume de usar com frequência durante a noite ou no final da tarde, momento no qual os insetos acabam sendo “atropelados”, já que é a maior parte de incidência deles no dia.
Esses contaminantes acabam por se acumular pouco a pouco nos carros, e com isso atrapalham não só o brilho e o acabamento, mas também a propriedade de repelência da água e em casos mais drásticos, até ocasionam uma corrosão severa da pintura.
Já os contaminantes que não podem ser observados a olho nu, em maioria são aqueles de cunho inorgânico e químico, que são obtidas através de atividades mais industriais e voltadas para o comércio, como pulverização de outras tintas, fuligens de freios e escapamentos, entre outras coisas. Esses itens citados se aderem à lataria por meios químicos, como eletrólise, e por meios físicos, como atração de carga, por exemplo. Assim, esses contaminantes se acumulam com o passar do tempo, e em determinado momento, é possível notar a diminuição da reflexibilidade e do poder de repelência.
Como Descontaminar a Pintura
É necessário que se encontre a técnica ideal para retirar esses contaminantes, tendo em mente que a lavagem comum não surte efeito. Atualmente, no mercado existem alguns multi limpadores que podem servir como uma solução inicial, porém, eles são eficazes apenas contra contaminantes orgânicos. Os contaminantes inorgânicos são geralmente mais insolúveis, e assim, a alternativa pode ser mais extrema, como o uso de um polimento mais agressivo, ou a necessidade de uma revitalização. O produto mais indicado para esse tratamento é o Clay Bar, que também pode ser encontrado com os nomes de “removedor de piche”, “massinha de descontaminação”, entre outros.
Clay Bar
O produto Clay Bar é uma espécie de argila constituída de resina plástica (ou polibuteno) e partículas abrasivas dos mais variados níveis. Essa resina funciona como ma base para passar as substâncias abrasivas na superfície do automóvel de maneira uniforme. Assim, os abrasivos presentes nessa massinha servem para raspar os contaminantes que se encontram nas pinturas, conforme a massinha é deslizada, fazendo com que eles despreguem e saiam da lataria, e se aderem a Clay Bar.
É de extrema importância que nesse momento seja utilizado um lubrificante de boa qualidade, já que ele tem como função a remoção dos resíduos sem que se danifique a pintura.
Para realizar a descontaminação da pintura da lataria de um automóvel deve-se ser seguidos os seguintes passos:
– Primeiramente se deve pegar uma parte da massinha e fazer com ela um tipo de molde sobre os dedos das mãos;
= Após isso, com a superfície a ser descontaminada totalmente limpa e seca, e também com o carro na sombra, deve se aplicar o lubrificante em todas as áreas.
= Em seguida a Clay Bar já pode ser utilizada, realizando movimentos de vai e vem e fazendo uma certa pressão em cima da pintura, aplicando novamente o lubrificante quando necessário, ou seja, quando se notar uma certa dificuldade e resistência no movimento.
– Aos poucos a sujeira presa a massinha deve ser analisada, e caso ela esteja muito presente, ela deve ser obrada e utilizada uma parte mais limpa.
– Quando o processo for finalizado, é importante que se higienize a superfície da lataria utilizando um pano de microfibra, e quando outras contaminações forem surgindo, todo esse processo pode ser repetido tranquilamente.
Descontaminar Pintura Com Massa De Vidro
A massa de vidro, também conhecida como massa de vidraceiro, é uma boa alternativa para as massinhas de descontaminação, servindo assim como um “Clay Bar genérico”. Muitas pessoas indicam a utilização da mesma, na qual a aplicação se da de um modo bem parecido com a massinha tradicional.