Sinônimo de economia, a lâmpada fluorescente está cada vez mais presente na casa dos brasileiros. O uso pode chegar a diminuir 80% na conta de luz.A lâmpada fluorescente foi criada em 1938 pelo inventor sérvio Nikola Tesla. Seu benefício em comparação a outros tipos de lâmpadas é o fato de durar mais tempo e ser mais econômica.
Enquanto uma lâmpada incandescente dura mil horas, a fluorescente pode chegar a durar 20 vezes mais.Sua economia é o principal atrativo na hora da compra e o uso tem sido incentivado por órgãos do governo responsáveis pelo setor de energia. Os números são mesmo significativos. Uma lâmpada fluorescente de 15 watts corresponde a uma incandescente de 60 watts. Ou seja, uma economia de 80% na conta de energia elétrica.
Esse tipo de iluminação pode ser usada em domicílios, comércios e até em laboratórios, pois estimula a produtividade nos ambientes. Nos quartos, salas e corredores, a preferência é por lâmpadas amarelas, que proporcionam um ambiente mais acolhedor e aconchegante.
Após o seu uso, a lâmpada fluorescente não pode ser reutilizada. Ela deve ser descartada de modo adequado, em locais que realizem corretamente a sua reciclagem. Os gases armazenados dentro dessas lâmpadas, caso do mercúrio, são tóxicos e podem causar danos ao meio ambiente e aos seres humanos que entrem em contato com eles, como doenças relacionadas às funções renais, dores de cabeças, tremores e problemas neurológicos.
Reciclando a Lâmpada Fluorescente
No Brasil, cerca de 60 milhões de lâmpadas tubulares são descartadas por ano. Por isso, a pesquisadora Laís Lacerda, junto ao Programa de pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu em 2005 um estudo que propõe o reaproveitamento desses gases internos da lâmpada fluorescente através de um processo de reciclagem seguro para os seres humanos e para o meio ambiente.
As lâmpadas são moídas e o mercúrio é sedimentado em uma espécie de lodo, deixando livres de contaminação o alumínio e os metais que também são produtos da decomposição da lâmpada. O mercúrio é posteriormente retirado do iodo através da destilação, impedindo que qualquer ambiente ou produto da decomposição seja contaminado.
O funcionamento deste tipo de iluminação é similar ao dos tubos de descarga de neon, aqueles que normalmente são colocados em pontos comerciais. Existe um par de eletrodos em cada extremidade e o vidro é coberto por um material à base de fósforo, que produz luz visível quando entra em contato com a radiação ultravioleta produzida pela ionização dos gases internos. Já existem também lâmpadas fluorescentes compactas, do mesmo tamanho e formato das lâmpadas incandescentes.
O mais comum é que se use no interior dessas lâmpadas gases inertes à baixa pressão, e normalmente se utiliza o argônio. A composição interna pode ser também feita por vapor de mercúrio. Para funcionar corretamente, ela deve ter um arrancador e um balastro, que funcionam respectivamente para dar o aquecimento inicial à reação química que acontece dentro da lâmpada, produzindo luz visível, e controlar a corrente consumida pela mesma.